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A imigração sempre esteve presente na história do Brasil, mas foi nas ultimas décadas do século XIX que uma grande leva de imigrantes vindos da Europa atingiu o país. Basicamente, a imigração se deu por conta dos problemas sociais e econômicos que assolavam a Europa e, tratando-se da imigração italiana, se deu por conta da guerra de unificação. Os agricultores do país perderam espaço para a recém chegada máquina e os resquícios da Guerra rondavam os italianos. Foi assim que, de navio, eles encontraram no Brasil uma chance de recomeçar suas vidas. 

A imigração foi incentivada pelo governo brasileiro, pois o país precisava de mão de obra para assumir o lugar dos escravos, recém libertos pela Lei Áurea, em 1888. Assim, o destino desses imigrantes em sua maioria eram as grandes fazendas, com grandes plantações, que eram a grande fonte econômica do país com a exportação de produtos. Os imigrantes, em muitos casos, vinham bancados pelos próprios donos das fazendas e a eles eram doados terras, para que o imigrante pudesse construir sua casa, seu lar, sua colônia e em Pouso Alegre não foi diferente.

Por volta de 1890 foi fundada em Pouso Alegre a Colônia Francisco Salles, na antiga fazenda da Faisqueira. Lá eles viviam e se organizavam. No início, os italianos trabalharam com a agricultura, mas sua propensão ao comércio foi mais forte e logo eles passaram a abrir suas lojas na colônia. Não durou muito e os italianos migraram para a cidade de Pouso Alegre e a colônia acabou se transformando em colônia de férias do seminário em 1906. Lojas com os mais diversos tipos de produtos foram inauguradas e fizeram parte da história da cidade, dentre elas estão a Farmácia Pagliarini, a Casa Moderna, Serraria São José, a Casa Vitale (sede da primeira exposição de objetos do Museu), a Puccini Fotocolor entre tantas outras.

Apesar da grande maioria das lojas não estarem mais abertas é possível se dizer que a imigração italiana contribuiu para o crescimento e desenvolvimento da cidade de Pouso Alegre.     

 

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