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A 2ª Guerra Mundial teve início em 1939, quando o exército nazista de Adolf Hitler invadiu a Polônia. A participação brasileira no conflito se deu a partir de 1942. 

De acordo com o memorialista Octávio Miranda Gouvêa, com o rompimento das relações diplomáticas do Brasil com as potências do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), Hitler autorizou a marinha alemã a ataques contra embarcações brasileiras. Trinta e um navios mercantes foram afundados e 946 pessoas morreram como consequência dos ataques. Entre as vítimas, estavam dois pouso-alegrenses: o sargento Victor Bertolucci e o cabo Alfredo de Castro.

Esses acontecimentos provocaram em todo o país uma onda de indignação, manifestada por meio de protestos. No dia 18 de agosto de 1942, a população revoltada de Pouso Alegre apedrejou e saqueou a Padaria Alemã, cujo edifício se localizava na Praça Senador José Bento, esquina com a Rua Dom Nery. Em fotos da época, vê-se que pouso-alegrenses picharam as paredes da padaria com os dizeres: “Alemães, cães covardes”.

Dias depois, em 22 de agosto, o Brasil declarou guerra à Alemanha e à Itália. Pouso Alegre contribui desde o princípio para o esforço de guerra, recolhendo objetos feitos de ferro, alumínio, chumbo e borracha, que eram depositados em uma pirâmide no jardim da Praça Senador José Bento, sendo depois enviados para fundições. Jovens pouso-alegrenses que serviam à unidade do Exército local, o então 8º RAM, foram convocados para guarnecer o litoral do País: Olinda, em Pernambuco, e Porto Seguro e Caravelas, na Bahia.

De acordo com Daniel Linguanoto, em junho de 1943, a população de Pouso Alegre se reuniu na estação da Rede Mineira de Viação para ver a chegada dos 62 marinheiros alemães que haviam sido capturados na costa brasileira. Eles permaneceram como prisioneiros no quartel do 8º RAM até abril de 1944, quando foram transferidos para o Rio de Janeiro, sendo, posteriormente, levados para os Estados Unidos. 

Em 1944, alguns pouso-alegrenses foram convocados para combater na Itália pela Força Expedicionária Brasileira, entre eles o general Mário Fernandes, o coronel João Fagundes Sobrinho e o coronel Carlos Azevedo.

 

*Informações do Museu Histórico Municipal Tuany Toledo